A Quercus publicou hoje um
comunicado com os resultados de um estudo sobre a evolução da qualidade das praias de Portugal. Esse comunicado revela que, de 2002 para 2003, aumentou o número de praias de má qualidade (de 6 para 7), bem como o número de zonas balneares de boa qualidade (de 257 para 267).Saldo positivo?
Segundo Francisco Ferreira, dirigente da Quercus, em declarações ao Diário de Notícias, não! Este dirigente afirmou que "
várias análises de classificação má não foram contabilizadas porque se considerou terem sido prejudicadas devido a más condições meteorológicas".
Mas o pior cenário não é nas praias do litoral, mas sim nas praias do interior, mais sensíveis aos efeitos da poluição. A maior parte das praias interiores analisadas apresentam apenas um nível aceitável de qualidade e muitas há que se encontram encerradas ou com classificação má, devido, entre outras causas, ao baixo índices de saneamento básico, a explorações agro-pecuárias e à poluição industrial.
No comunicado da Quercus também podemos também encontrar dez conselhos para quem gosta de usufruir das praias de Portugal e a
listagem das praias de ouro (169 praias com classificação de bom entre 1999 e 2003.)
Contudo, segundo notícia do Público, a Associação Bandeira Azul (A.B.A)avisou que quatro das praias desta lista (Pedrógão Centro, Melides, Altura em Manta Rota e Polvoeira, em Alcobaça) têm afinal um "historial de risco" e nem sequer foram candidatas à Bandeira Azul. Há, por parte da A.B.A. um certa incompreensão dos critérios que levou a Quercus a elaborar esta listagem
(»»»mais).
Independentemente de todas estas questões, uma coisa é certa: as praias do interior são das mais sensíveis e com águas com pior qualidade devido à quase inexistência de Saneamento Básico (entre outros problemas)!
Já agora convêm não esquecer que Paredes e Penafiel são dois dos concelhos do país mais deficitários em termos de tratamento de águas residuais. Só 8% da população de Paredes e 10% da de Penafiel é servida por ETAR. Apesar de
algumas boas notícias a realidade não é muito animadora! Há que agir!
De facto, a VALSAQ pretende reflectir seriamente sobre a qualidade das águas do Vale do Sousa.
Iniciemos a reflexão com uma questão:
Como estarão as águas do Vale do Sousa? (
uma resposta)